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terça-feira, 30 de abril de 2013

O pior dia da sua vida


Era uma sexta-feira magnífica e agradável. O sol brilhava, no céu não havia nuvens e estava calor.
A turma da Filipa tinha já há algum tempo combinado fazer uma visita de estudo a Lisboa, para visitar o Aquário Vasco da Gama. Esse dia, para a maioria dos jovens, iria ser um ótimo dia, sem aulas. Mas para a Filipa não foi! O céu para ela estava negro. Ela irritava-se com toda a gente, sentia-se magoada, profundamente destroçada, revoltada e triste, pois tinha perdido a avó. Tinha assim perdido a sua conselheira, aquela que fazia as melhores refeições do mundo, aquela que nunca lhe batera, nem mesmo em pequena quando ela fazia asneiras. Perdera assim o seu verdadeiro porto seguro.
Para Filipa, a avó era realmente muito importante. Ambas tinham uma ótima relação. Ela dava-lhe aqueles mimos que só uma avó pode dar, aquelas palavras reconfortantes, que punham Filipa a sorrir sempre que as relembrava. Com ela, tinha aprendido que a vida não era fácil e que tinha de lutar pelos seus sonhos e nunca desistir do que realmente se deseja.
E agora?! O que poderia fazer? A avó tinha-a deixado para sempre e ela nem tivera tempo para se despedir, não tivera tempo nem de lhe dar um beijo, ou um abraço.
Filipa pensava como a vida era injusta, como poderiam ter levado a sua avó! Ela fazia-lhe tanta falta…
Para Filipa este dia foi o pior dia da sua vida e de facto, nunca imaginara que tal coisa pudesse acontecer. Sentiu que o Mundo lhe caíra aos pés, e não conseguia perceber como os colegas conseguiam estar tão felizes. 

Ana Patrícia Fernandes, nº 2, 9º C

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A lamparina mágica


Felizmente, já tinham acabado as aulas e eu já estava de férias de verão. Entretanto, tinham já passado várias semanas de férias e eu raramente saía, pois estava imenso calor, mas certo dia decidi ir à praia para dar um passeio. Sendo assim, levantei-me cedo, fui preparar as minhas coisas e lá fui eu.
Assim que cheguei à praia, deparei-me com um mar magnífico e umas boas dunas para ficar. Coloquei o guarda-sol, estendi a toalha e fui beber um refresco para matar a sede. No final de tudo isto feito, fui dar um passeio e andei durante uma hora à beira-mar.
Estava precisamente a regressar ao meu sítio, quando vi algo a reluzir perto da duna. Aproximei-me do local e foi quando me apercebi que era uma lamparina mágica coberta com areia. Retirei-a com muito cuidado e li um bilhete que estava agarrado a ela que dizia: "A quem encontrar este bem tão precioso, ser-lhe-ão concretizados quatro desejos."
Eu, após ter lido tal bilhete, fiquei tão feliz ao pensar que nunca mais iria ter infelicidade e a saber que podia finalmente realizar os meus sonhos.
Bem! Fui para casa e comecei por pedir o meu primeiro desejo: "Quero ser muito rico, para ajudar quem mais precisa"; o segundo: "Quero ficar para sempre com a pessoa que amo de verdade"; o terceiro: "Queria que eu e a minha família tivéssemos muita saúde" e o quarto: "Desejo mais quatro desejos" e foi assim que passou a ser a minha vida de infinitos desejos.

David Machado Cruz, nº 10, 9º D

domingo, 28 de abril de 2013

Confusa…


Já não sei o que fazer,
Quanto mais o que sentir.
Não sei se é amor ou amizade.
Tenho saudades mas não quero ir.

Não quero ir ter contigo,
Pois vais rejeitar-me.
Não quero isso!
Ao teu lado quero estar!
Não quero ser infeliz,
Sempre contigo quero ficar.

Por favor, fica comigo,
Não me deixes a chorar!
Faz-me feliz,
Faz-me acreditar!

Faz-me acreditar
Que um dia me vais beijar.
Voltar-nos-emos a abraçar
E juntos vamos finalmente ficar!

Patrícia Figueiredo, nº 17, 8º C 

sábado, 27 de abril de 2013

Um Gato Especial


Era uma vez um gato tão bravo que não se ligava a ninguém, nem nunca fora a casa de nenhum ser humano.
Certo dia, o gato estando faminto apareceu em casa de uma pessoa a manquejar. Por sinal, essa pessoa gostava de animais. Então, facilmente o apanhou e viu que ele tinha uma das patas partida. Como tal, atou talas de madeira à pata com ligaduras e deu-lhe comida. O gato acabou por se deixar ficar três dias na casa do senhor. Entretanto, os instintos de tal criatura da noite chamaram-no e ele acabou por desaparecer. Três dias depois, voltou a aparecer, em pleno dia, para comer. Passou assim a ficar com o “dono” de dia e a desaparecer de noite e isto verificou-se durante cerca de um mês e meio. Depois disso, o senhor tirou-lhe as talas e as ligaduras. No dia seguinte, o gato acabou por ir novamente embora.
No inverno seguinte, o dono já de idade adoeceu gravemente. Então, os instintos do gato levaram-no a voltar para fazer companhia ao idoso. Entretanto, quando se verificaram melhorias, o animal voltou ao seu mundo habitual, o que o deixou muito desiludido.
Duas semanas depois, voltou novamente a aparecer, mas desta vez o senhor decidiu não lhe abrir a porta, atuou como se ninguém estivesse em casa. Porém, o gato acabou por entrar por uma das janelas que estava aberta e quando o fez, viu o idoso deitado na cama e tentou acordá-lo, lambendo-o, enroscando-se na cara dele, mas não havia sinais de reação. Então, o gato miou como se o mundo estivesse a acabar.
O vizinho, por sinal, o seu grande amigo, ao ouvir o miar aflitivo do animal, como tinha as chaves dele, decidiu abrir a porta da casa, só que o gato não saiu, dirigindo-se para o quarto do dono. O senhor seguiu o gato que já estava deitado junto à cabeça do dono e aproximando-se de ambos, verificou que o seu grande amigo estava morto.
Durante três anos, foi alimentando o gato. Um dia, o animal foi encontrado já sem vida junto à campa do seu antigo dono, tal era a feição que sentia por ele.

José Costa, 8º F

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Uma miscelânea de sentimentos


Há pessoas alegres e outras menos alegres. Há pessoas extrovertidas e outras introvertidas. Há pessoas felizes e outras menos felizes. Contudo, nem sempre as mais alegres são as mais felizes, e vice-versa.
 Na minha opinião, o estado de espírito nem sempre influencia o humor. E acho até que o humor tem muito a ver com o respeito e educação, pode parecer que não, mas vejamos! Se eu sorrir posso ter um sorriso de volta, ou não, tudo depende.
 Muitas das vezes faço para não demonstrar parte de fraca, sendo por vezes esse gesto encarado como infantilidade. Por vezes, venho para a escola triste, mas tento fazer um esforço para não demonstrar isso, o que às vezes se torna excessivo.
 No dia a dia, penso muito sobre sentimentos, memórias, mágoas. Na verdade, gosto de pensar no silêncio do meu quarto, principalmente quando tenho um dia menos bom. Quando digo “silêncio” é um silêncio onde sobressai o barulho do pensamento, as questões do dia a dia e tudo surge num breve instante.
               Não gosto do silêncio da mente vazia. Eis, então, que me deparo com várias questões, sem saber qual a mais difícil de responder, tais como: Quem está comigo? Quem é que me apoia? Quem é que nunca me vai falhar? Quem é que vai substituir a presença de quem partiu? Quem é que são os meus verdadeiros amigos? Quem é que vai sentir a minha falta? Porque eu tenho medo de um dia olhar para trás e ter perdido quem sempre me apoiou.
Posso estar no meio de uma multidão, mas posso estar só.
Eu hoje faço escolhas para o meu futuro, mas dificilmente irei ter o que escolher. Enfim, para todos nós, o futuro revela-se incógnito!

Carlota Oliveira, nº 7, 9º ano, turma C

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Heróis e Ídolos


O Dia de hoje é, para todos nós portugueses, um dia que celebra o términus de um período da História do nosso país e que foi o resultado de um golpe de Estado militar, ocorrido há precisamente 39 anos e que depôs o regime ditatorial do denominado Estado Novo, vigente desde 1933.
A bravura e a serenidade com que este golpe foi conduzido permite-nos neste dia falar! E… está tudo dito com esta frase, portanto, o melhor é presentear todos os Ciclistas com o bonito texto do Gonçalo que nos fala exatamente de heróis e ídolos
Embora a intensão da professora não tenha sido esta…

Graça Matos, O Ciclista





Em todas as épocas a sociedade teve os seus heróis; hoje em dia, com a massificação dos meios de comunicação, o conceito misturou-se um pouco com o de "ídolo” -personagem que arrasta multidões e que influencia comportamentos, especialmente entre as camadas mais jovens da população.
Define o que é um herói, refletindo acerca da importância que possa ter para ti como modelo, ou, pelo contrário, do risco que pode representar se abdicarmos da nossa própria identidade para o seguirmos cegamente.

Ana Isabel Costa, Professora de Língua Portuguesa
Heróis e Ídolos


Hoje em dia, os termos “herói” e “ídolo” não são interpretados da forma que deveriam ser. Um herói pode ser, de facto, um ídolo, mas não nos dias de hoje. Um ídolo, hoje em dia, é uma pessoa famosa, como um ator, um músico ou um desportista. O problema não está no facto de os ídolos serem pessoas famosas, mas sim na forma como se idolatra. Se idolatramos uma pessoa pelas suas atitudes, porque canta bem, aí estamos no caminho certo. Mas não é isso que tem vindo a acontecer. Idolatra-se pela forma como se veste, pelo corpo, pelas companhias.
Se idolatramos pelas atitudes, como o respeito, o carinho, o amor, e seguimos os passos dessa pessoa, podemos considerá-la um” herói”. Queremos ser iguais a ela, mas por um lado positivo: queremos ser boas pessoas. Todavia, se seguimos os passos de uma pessoa por estar na moda, e fazemo-lo cegamente, então essa pessoa já não é um “herói”. Se fumamos ou bebemos porque o nosso “ídolo” o faz, isso está completamente errado. Não é nisso que consiste ser um “ídolo”.
No fundo, um “herói” ou um ídolo pode ser qualquer pessoa: pais, irmãos, professores e famosos. O problema foca-se na forma como é “eleito” esse herói ou ídolo. Deve ser feito com consciência e responsabilidade.

José Gonçalo, 9º A

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Um Novo Lar


Era uma vez um gato de certa idade que era gordo, preto e chamava-se Farrusco.
Um dia, a família do Farrusco foi de férias e como não o podia levar, abandonou-o sem dó nem piedade! Entretanto, ele ia a andar numa grande estrada que passava no meio de um campo verdejante com muitas papoilas, até que encontrou uma garça-real. Ele olhou para ela e momentos depois, teve coragem para lhe dizer:
- Tu és esquisita, nunca tinha visto um ser assim!
- Não sou um ser qualquer! Sou uma garça-real e pela tua cara tão tristonha, foste abandonado, certo?!
- Sim, fui! Por acaso, não sabes de nenhum sítio onde eu possa ficar? - questionou ele.
 - Sei! Por acaso, sei! – informou a garça-real, que se chamava Josefina.
Pouco depois, chegaram ambos a uma quinta que era habitada por um senhor já de idade, que precisava de um animal de estimação e tanto lhe fazia ser um cão como um gato. Sendo assim, quando ele viu o Farrusco, gritou:
- Que beldade, tão fofinho! Este gatinho é a coisa mais bonita que eu já vi!
Então, levou-o para a sua casa, acariciando-o e quando lá chegou, deu-lhe leite.
No dia seguinte, ele foi conhecer quem vivia naquela quinta, e conheceu ainda uma cabra, um boi e um carneiro, que rapidamente simpatizaram com ele. O gato, por sua vez, perguntou à garça-real:
- Não ficas aqui comigo? 
- Talvez faça um ninho aqui. – disse ela e acabou realmente por ficar naquele local.
E, a partir daquele dia, os cinco animais passaram a ser os melhores amigos e ali, Farrusco passou os seus melhores anos de vida. Entretanto, o tempo foi passando, e ele foi envelhecendo e quando morreu, o dono da quinta fez-lhe uma campa no estábulo para assim poder ficar junto dos animais que tão bem o acolheram, depois de ter sido desumanamente abandonado.

                     

Jorge Gabriel, 8º F

terça-feira, 23 de abril de 2013

Marley


Numa terra situada no norte do Continente Americano, existia um cão chamado Marley.
Marley vivia num canil, desde que a tempestade, que passou na sua terra natal, o tinha levado a desaparecer dos seus donos. Como tal, ele sonhava todos os dias com o reencontro dos seus donos. Desde que lá estava, ele perdeu muitos amigos, pois eles tinham sido adotados ou então, encontrados pelos seus respetivos donos.
Já fazia um ano e Marley só via animais a entrarem e a saírem.
Um dia, ele decidiu tentar fugir do canil, na hora do banho e partir para a sua terra natal a fim de tentar reencontrar os seus donos. Mas essa escapatória não deu resultado.
No dia seguinte, Marley apercebeu-se que acabara de entrar no canil alguém que lhe era familiar e ele, muito entusiasmado, desatou a ladrar muito alto.
Alguns minutos depois, apareceu uma família muito simpática à procura do sue animal de estimação que lhe tinha desaparecido.
- Espero encontrar o nosso cãozinho! - dizia um elemento da família.
- Com certeza que encontrarão o vosso cão! - exclamou o dono do canil.
Entretanto, quando a família começou a aproximar-se da casota de Marley, o elemento mais novo daquela família reparou que o cão estava muito irrequieto e com uma grande alegria, gritou:
- É este, mãe! É ele!
- Tens a certeza, filho? - perguntou a mãe.
- Sim, mãe! Como me poderia esquecer dele?! - indagou a filha.
 Marley já esperava por este momento há vários anos e, na verdade, nunca tinha perdido a esperança.
No dia seguinte, a família voltou ao canil, assinou os documentos que eram exigidos e pôde finalmente regressar a casa com a sua mascote!

Alicia Pina, nº 1, 8º F

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia da Terra


O convite é para todos os seres sejam eles vivos ou não. Venham festejar este DIA. A TERRA convida.
E não, não me parece que ela queira festejos, nem bolo, nem velas, nem os habituais parabéns a você!
A Terra ainda está viva…
Mas a contaminação do seu ar, da sua água, dos seus solos, a destruição dos seus ecossistemas, de milhares de espécies da sua fauna e da sua flora estão a ser diariamente dizimadas e o seu grito de dor ecoa por toda a atmosfera… mas nós ignoramo-lo.
Ouve neste dia esse apelo e começa hoje por fazer algo… lê o texto da nossa colega e avança! Sê ativo!


Adriana e Sofia Matos, O Ciclista






Ouve o meu apelo!


Todos os dias, quando ouvimos falar de animais que são abandonados pelas pessoas sem dó nem piedade, fico profundamente revoltada!
Ora, na minha opinião, as pessoas que abandonam os animais deveriam ser multadas. Na verdade, deveria ser feito algo, porque as pessoas, que têm este tipo de atitudes, acabam por ser desumanas.
Já repararam que, quando nós passamos na rua e vemos um animal abandonado, ele se encontra numa situação deplorável, todo sujo, com fome, com frio, provavelmente já terá apanhado alguma doença e estará certamente infestado de pulgas ou carraças?! Por acaso, já pararam para pensar que pessoas são estas que desprezam o animal a quem já deram carinho ou não?!
Nenhum ser humano deveria abandonar o seu animal de estimação. Os animais são seres como nós, que precisam de carinho, de alimento e de um lugar para viver, porque não será à fome e ao frio que irão sobreviver.
Claro que nem todas as pessoas podem ter animais de estimação, mas se encontrarem algum na rua, deveriam levá-lo a um canil. Pois, certamente, essas pessoas não gostariam que as ignorassem, se as vissem abandonadas na rua.
Não pretendo julgar ninguém, mas se pudermos evitar que lhes aconteça algo de mal, porque não ajudar?!
Sendo assim, dirijo-te este apelo:
"Se tiveres animais de estimação, não os deixes por causa de um barulho incomodativo que possam fazer, das asneiras que estejam a cometer, do dinheiro que possas gastar na sua alimentação porque, para além de serem uma companhia para nós, podem ser o nosso melhor amigo.
Dá, assim, uma oportunidade aos animais. E verás que eles realmente merecem. Não os abandones!"

Lénia Silva, 8º F

domingo, 21 de abril de 2013

Não abandones o teu animal de estimação!


Como é possível o ser humano abandonar os animais?!
Na minha opinião, o ser humano que abandona os animais é uma pessoa sem coração, sem sentimentos!
Por vezes, as pessoas abandonam o seu animal de estimação por simplesmente quererem ir de férias, não tendo assim onde o deixar. No entanto, é por esta e outras razões que existem os canis, local onde qualquer pessoa pode deixar o seu animal sem ter de o abandonar na rua, sem comida e ao frio.
Muitas pessoas pensam que os animais não percebem que os abandonaram, mas eles tal como o ser humano têm sentimentos, sentem a mesma dor que sente o ser humano quando também ele é abandonado.
Os animais precisam de uma casa, de companhia e de miminhos para se sentirem felizes. Alguns dos imensos animais, que se encontram nos canis, foram lá abandonados com doenças e outros, maltratados.
Eu sou, de facto, contra o abandono dos animais e contra as pessoas que o fazem.
 É por tudo isto que, se encontrares um animal na rua, não o abandones!


                                                                                         Mariana Serra, 8º F

sábado, 20 de abril de 2013

O renascer de um novo ser


Era uma vez um homem. Este homem era simples e humilde. Era um sem-abrigo e vivia no banco dum parque infantil. Ninguém sabia ao certo o seu nome. A verdade é que passava a maior parte dos seus dias a observar as crianças que iam divertir-se no parque. Eram poucas as que davam pela sua presença, mas havia uma especial que não passava três dias sem ir ao parque.
Na primeira vez, nem reparou naquele homem, mas de todas as outras viu-o a fazer o que todos os dias ele fazia, isto é, observar crianças. Há quem dissesse que era uma atitude assustadora, mas eu penso que ele só queria encontrar uma parte jovem dentro de si.
            Certo dia, o sem-abrigo apercebeu-se duma conversa entre a menina que frequentava o parque com frequência e o seu pai. Estavam ambos a pensar em ter um cão, um cão pequenino para que não causasse tanta despesa.
            - Uma cadelinha, papá! Eu quero!-pedia ela.
            Momentos depois, foram embora e a felicidade da criança destacava-se, ao longe. A animação enchia-a da cabeça aos pés. No entanto, os dias foram passando e a menina não aparecia no parque. O sem-abrigo lá a esperava, no sítio do costume, entre arbustos e flores, com a esperança de que a menina voltasse.
            Numa tarde de primavera, a menina, de nome Sofia, eis então que apareceu no parque, não para brincar nos baloiços ou na caixa de areia, pois trazia um cão, uma cadela, aliás. Cuidava dela como se fosse o tesouro mais precioso da sua vida.
             Sofia, que já estava com intenções em falar com o senhor que a observava todos os dias, aproximou-se e, para seu espanto, o homem sorriu. Conversaram abertamente sobre tudo o que servia para quebrar o silêncio. Pode parecer estranho mas, apesar da diferença de idades, tornaram-se amigos. Os dias passavam e Sofia fazia questão de ir ao parque nem que fosse só para lhe dizer “Olá!” ou para oferecer um pão, ou o que fosse.
            Num dia normal, como todos os outros, Sofia não apareceu à hora habitual. Escurecia e de Sofia não se sabia nada. Não fora ao parque nesse dia. O sem-abrigo mal dormiu. Estava preocupado, com uma expressão rígida estampada na cara. Mas o seu dia não tardou em melhorar. Sofia foi ter com ele e vinha acompanhada, trazia um cachorrinho ao colo que ofereceu ao seu novo amigo. Era um filhote da sua cadela, muito fofo em tons de caramelo, tal como a mãe. Claro que oferecer um cão a um sem-abrigo era como deixá-lo ao abandono, mas a menina comprometeu-se a alimentá-lo todos os dias. Esta menina tinha um bom coração e este cão mudou a forma de agir deste ser.
            Sofia fez assim renascer um novo ser que vivia no parque, aliás, num banco dum parque. E eu era essa criança.


Ana Sofia, nº 2, 8º C

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Um fiel amigo


Hoje, estou a escrever-vos, porque quero partilhar convosco uma bonita história que começa assim:
João era um menino muito estranho para a sua idade. No recreio, não brincava com os seus colegas, ficava sempre sozinho. Mas não era porque queria, já que os seus colegas da escola o colocavam de parte e faziam-no sentir-se mal, pois era diferente. João era cego.
            Num dia como todos os outros, João estava no intervalo no seu local preferido, quando lhe pareceu ouvir qualquer coisa. Parecia-lhe um cão. Um cão ali?! Que estranho, pensava ele, porque o canil da sua aldeia era muito ativo e quase nunca se via ou ouvia um cão na rua.
            Ao sair das aulas, quando estava a ir para casa a pé, como era habitual, João sentiu qualquer coisa a segui-lo. Parou e um cão foi ter consigo. Ele fez-lhe festinhas e logo simpatizou com ele. O animal tinha-se aproximado dele, porque sentia a sua tristeza, por causa do desprezo por parte dos seus colegas.
            A parir daquele encontro, o menino e o cão ficaram muito amigos. Faziam tudo juntos. Marti, o nome que ele tinha dado ao seu fiel amigo, era muito inteligente, brincalhão e ajudava o João, guiando-o.
            Quando os seus colegas viram Marti, foram de imediato ter com ele e a partir desse dia, o menino já se dava bem com todos eles, pois todas as outras crianças achavam muita piada ao animal.
            Entretanto, passaram dez anos e Marti acabou por morrer de velhice. Foi, de facto, um dia muito triste para João, pois tinha acabado de perder o seu melhor amigo, aquele que o tinha ajudado em criança, quando ele mais precisara.
            João nunca esqueceu o seu primeiro animal.
            Estou a contar esta história, porque acho que os animais não devem ser abandonados. Eles são fiéis amigos que nunca desapontam os seus donos. São criaturas dóceis e precisam de amor e carinho tal como as pessoas. Por isso nós, humanos, não somos ninguém para os abandonar. Eles até ajudam seres humanos com dificuldades como no caso do João.



Beatriz Santos, nº 4, 8º C

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O cão abandonado


Certo dia, um cão abandonado bateu à porta de uma bonita casa. Os seus donos, ao ouvirem o seu cão a ladrar, foram ver quem estava no exterior da casa e deram-se com um cão abandonado.
O cão daquela família, ao ver que os seus donos se tinham recusado a dar alojamento àquele pobre animal em sua casa, ficou triste e o outro cão ficou sempre junto à porta a ladrar.
  A sua dona, farta de ouvir o outro cão a ladrar, questionou:
-Será que os animais são com os humanos? Terão eles sentimentos?!
  O seu cão, ao ouvir o que a dona dissera, foi-se pôr sentado junto a ela e a abanar a cabeça como quem dizia que sim. Lá foi, então, a sua dona abrir a porta, para acolher o cão e a sua primeira atitude foi dar um banho ao animal. Inicialmente, pensou que o cão abandonado fosse rafeiro mas, depois de lavado, viu que era da raça do seu cão e decidiu aceitá-lo em sua casa.
  A partir desse dia, os cães andavam sempre na brincadeira, e adoravam ir buscar o correio. Tudo menos pôr a mesa, porque caso contrário seria só pratos pelo chão!
A senhora andava desconfiada se os dois cães não seriam irmãos, e então foi fazer o teste do ADN. Quando chegaram os resultados, descobri
u que eram de facto irmãos e ao saber disto, ficou com os dois cães para sempre.
 Muito mais tarde, quando a senhora morreu, pois já era de uma certa idade, os dois cães não saíam junto da campa da sua querida e falecida dona e acabaram por morrer lá. Tal era o carinho e a estima que tinham por ela!


João Batista, nº 8, 8º F

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O gato do Pedro


Pedro era um rapaz em plena adolescência. Frequentava o 11º ano. A sua estatura era fora da média, pois era um jovem muito, muito alto e muito gordo. Era um rapaz de raça negra que vivia com os tios, porque infelizmente os seus pais faleceram.
Num dia de céu nublado, Pedro levantou-se feliz, porque sabia que na sala estaria à sua espera, para além da sua família, o seu presente de aniversário. Então, desceu do quarto rapidamente e entrou, maravilhado, na sala porque as suas previsões estavam corretas. Mal entrou, cumprimentou logo os tios, com uma grande alegria:
-Olá, tio! Tudo bem, tia?
-Olá, querido! Queres abrir o teu presente? – perguntou a tia.
-Claro! – exclamou ele.
-Sabes que eu não gosto de desejar feliz aniversário antes de se comer o bolo! – lembrou a tia.
-Eu sei – compreendeu o Pedro.
Pedro abriu rapidamente o presente e ficou surpreendido quando, depois de o ter aberto, viu um pequeno gato de pelo escuro, com orelhas pequenas e com um nariz muito curto.
No dia seguinte, o jovem encarava o dia na sua nova escola com alegria. No entanto, ao final da tarde, parou junto ao campo de futebol para lanchar. De repente, os rapazes que estavam no campo pararam de jogar, dizendo que estavam com sede e com fome. E, ao verem-no, exclamaram ironicamente:
-Que grande rapaz!
-Será que tem tanta força como peso? – perguntou o guarda-redes e também considerado líder do grupo.
 Todos eles aproximaram-se de Pedro e começaram a perguntar-lhe como se chamava entre outros dados. Até que ele, que não gostou da situação, tentou ir-se embora, mas já estava cercado pelo grupo. Começaram todos a agredi-lo e a insultá-lo, chamando-lhe BigBlack, chegando até a roubar-lhe o lanche. O jovem sempre fora alvo de chacota mas nunca tinha sido agredido com aquela brutalidade.
Momentos depois, Pedro chegou a casa, entrando no quarto revoltado e quando ouviu o seu gato miar, deu-lhe um pontapé, trancou a porta do quarto e deitou-se na cama. A sua tia preocupada pediu-lhe que abrisse a porta, mas sem sucesso.
Esta situação repetiu-se várias vezes. Sendo assim, sempre que se sentia revoltado, agredia o seu gato. Chegou a fraturar uma perna ao pobre animal. Os seus tios não sabiam o que fazer, por isso pediram ajuda a um psicólogo que lhes disse que as situações podiam estar interligadas. A tia de Pedro, como passou a estar mais atenta, acabou por perceber o que se passava.
No dia seguinte, o Pedro reparou que o gato vomitava e parecia que soluçava de tristeza, foi aí que verificou que o animal tal como ele também tinha sentimentos e que estava a agir da mesma forma como não gostava que agissem com ele. A sua tia, por sua vez, falou com a Diretora de Turma do sobrinho que, depois de tomar conhecimento da situação, pôs de castigo todos aqueles que o tinham agredido, ameaçando com a suspensão se a situação se repetisse.
Ora, os animais não são bonecos de peluche mas sim animais com sentimentos! E, graças a este pequeno animal, Pedro abriu os olhos para a realidade e tomou consciência de que também ele estava a agir mal.

João Pedro Rocha, nº 10, 8º F

terça-feira, 16 de abril de 2013

Dia Mundial da Voz


16 de Abril de 2013


O Dia Mundial da Voz é celebrado com o objetivo de alertar para a importância da voz, bem como dos cuidados que temos de ter para a preservar.
Não é necessário muito para preservar a voz. Por exemplo basta beber bastante água, não gritar em excesso e não fumar.
Talvez a leitura de um belo texto também ajude!

Graça Matos, O Ciclista


O Nosso Estado de Espírito…

Bem! Tendo em conta os momentos de tristeza e de alegria pelos quais já passei, sei que nem sempre estamos com disposição nem cabeça, em certos momentos, para sorrir. Acho que também depende do feitio da pessoa. Sim! Já me aconteceu, várias vezes, estar triste num ambiente alegre e ninguém se aperceber.
O nosso estado de espírito também advém do bom ou do mau humor e claro, de uma boa educação e, de facto, ninguém gosta de pessoas mal-humoradas, logo pela manhã!
 Na semana passada, estive com o meu grupo de amigos, que estavam sempre a rir e a contar piadas como sempre, mas dessa vez eu não estava assim, e não estava, porque um dos testes me tinha corrido mal e como tal, estava triste e irritada. É claro que não dei muito nas vistas, não era motivo para grande preocupação, mas não me estava sentir nada bem. De facto, é estranho estarmos num tipo de ambiente completamente diferente do nosso estado de espírito, mas também é preciso saber lidar com isso. Lá porque estamos tristes, não quer dizer que as outras pessoas também o estejam. No entanto, quando esta situação nos acontece é muito constrangedor, na medida em que nos faz sentir “à parte” e mal.
 Sim, eu sei! Porém, nem sempre pode ser como nós queremos e isso advém de uma aprendizagem diária, sabermos lidar com a nossa maneira de ser, sabermos lidar com o nosso mau-humor. Na verdade, é mesmo assim e o mais importante é, no fim de tudo isso, sabermos realmente controlar o nosso estado de espírito.
 É preciso mostrarmo-nos alegres e simpáticos para que as outras pessoas gostem de nós e nesses momentos, em que o nosso estado de espírito é completamente diferente do ambiente em redor, a solução será abstrairmo-nos do que se passa, porque momentos melhores virão!


Maria Carlota Amaral Gomes, nº 18, 9º C